quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ANTONIO CARLOS SECCHIN COMENTA "BAÚ DE VOZES".


Comentário do Membro da Academia Brasileira de Letras – ABL - ANTONIO CARLOS SECCHIN, sobre o livro de poesias “BAÚ DE VOZES”, o mais recente do escritor Antonio Kleber Mathias Netto, lançado pela Editora ZEM, Teresópolis - RJ – 2011:
"Rio, 29/09/2011. Caro Antonio Kleber: ...BAÚ DE VOZES, título adequado para indicar as várias faces de sua poesia, amparadas na estrutura firme e bem concatenada do soneto”.
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Um pouco da trajetória do poeta Antonio Carlos Secchin:
Antonio Carlos Secchin (Rio de Janeiro, 10 de junho de 1952) é um poeta, ensaísta e crítico literário brasileiro.
É membro da Academia Brasileira de Letras, tendo sido eleito em 3 de junho de 2004. Doutor em Letras e professor titular de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1993; ganhador de diversos prêmios literários, organizador de antologias como as de João Cabral de Melo Neto, Cecília Meireles (edicão do centenário), Mário Pederneiras,dentre outros. Enfim, é difícil enumerar a grande contribuição que o escritor Antonio Carlos Secchin vem trazendo à literatura brasileira.
Começou a ganhar destaque como crítico literário ao escrever o livro João Cabral: A poesia do menos, vencedor de dois prêmios importantes: o do Instituto Nacional do Livro (MEC) e o Sílvio Romero (ABL). Mais importante do que os prêmios recebidos, o parecer do próprio João Cabral de Melo Neto define a grandeza do crítico Secchin: "Entre todos os professores, pesquisadores e críticos que já se debruçaram sobre minha obra, destaco Antonio Carlos Secchin. Foi quem melhor analisou os desdobramentos daquilo que pude realizar como poeta" (Entrevista concedida a Ricardo Vieira Lima, em 1991).
Além do estudo sobre João Cabral, publicou os livros A ilha (1971), Ária de estação (1973), Movimento (1976), Elementos (1983), Diga-se de passagem (1988), Poesia e desordem (1996), Todos os ventos (2002), Escritos sobre poesia e alguma ficção (2003), Guia de sebos (2003, 4ª edição), 50 poemas escolhidos pelo autor (2006), Memórias de um leitor de poesia (2010).
É o sétimo ocupante da cadeira 19 da Academia Brasileira de Letras. Foi eleito em 3 de junho de 2004, na sucessão de Marcos Almir Madeira, e recebido em 6 de agosto de 2004 pelo acadêmico Ivan Junqueira. É, atualmente, o mais jovem imortal da ABL.
Em seu discurso de posse, o escritor privilegiou os poetas ao destacar um belo trecho da obra de Cecília Meirelles: "Como os poetas que já cantaram,/ e que ninguém mais escuta,/ eu sou também a sombra vaga/ de alguma interminável música". Depois, discorreu sobre os antigos ocupantes da cadeira 19, fazendo-lhes o "elogio", tradicional trecho do discurso de posse dos acadêmicos, e, em seguida, rememorou a cidade de Cachoeiro de Itapemirim, onde viveu parte da infância:
"Passando das areias monazíticas da praia às areias metafóricas da ampulheta do tempo, permito-me incluir, aqui, um pequeno excurso de natureza sentimental e biográfica. A vida me reservou a extraordinária felicidade de contar com a presença, na cerimônia de hoje, de meus pais, Sives e Regy, que se conheceram na década de 1940 no balneário de Guarapari, tão louvado por meu antecessor. O primeiro mar que vi foi o da praia espírito-santense de Marataízes. Homenageio assim, por extensão, o estado do Espírito Santo, em que, por casualidade, não nasci, mas onde aprendi a ler e iniciei, fascinado, essa viagem sem volta na direção da escrita e da leitura."
No encerramento do discurso de posse, Antonio Carlos Secchin mostrou, em sua refinada prosa-poética, a importância da Casa de Machado de Assis no panorama literário e cultural do país, finalizando com trecho de outro poeta magistral:Carlos Drummond de Andrade.
" Assim gostaria de entrar na Academia Brasileira de Letras: entendendo-a como fronteira franqueada ao livre trânsito de todas as temporalidades. De um lado, receptáculo de nossas mais fundas, atávicas, heranças; de outro, passagem para a paisagem do novo. Neste discurso, balizado por dois poetas, a primeira palavra, acolhendo o passado, foi de Cecília Meireles. Que a última seja de Carlos Drummond de Andrade: “Ó vida futura! nós te criaremos”.

Fonte: Wikipédia,a enciclopédia livre.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Carlos_Secchin)

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